quinta-feira, 1 de março de 2012

A magia do computador

O projecto " Divirto-me e Aprendo "  iniciado no ano passado decorrerá ao longo deste ano. Com ele pretende-se que os alunos obtenham competências na área das TIC.



Assiste-se hoje, com grande expectativa, à aplicação das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) na educação das crianças.
As TIC abrem horizontes, possibilitam um acesso ao conhecimento e detêm a capacidade de exploração de temas motivadores para os alunos. Na minha perspectiva, existe uma mais-valia no recurso às novas tecnologias. Foi porque sempre acreditei nestas possibilidades das TIC que ao longo dos anos me deixei desafiar.
Considero que a tecnologia tem um efeito positivo na atitude dos alunos em relação à aprendizagem e potencia o seu auto-conceito, envolvendo a sua utilização uma maior motivação para a aprendizagem. Por isso tento diversificar as actividades que recorrem à sua utilização.
Segundo Ponte (1992, p. 129), “o computador é visto por alguns como um objecto de cariz individualista que favorece o isolamento dos que com ele trabalham. No entanto, as observações feitas em escolas que o utilizam como auxiliar da aprendizagem mostra que tende a acontecer exactamente o contrário, isto é, desenvolvem-se espontaneamente laços de estreita cooperação entre crianças…[1] 
O mesmo autor refere ainda que: "Um único computador numa escola pode significar, só por si, a criação de uma grande dinâmica, se houver imaginação e iniciativa para o tornar acessível aos alunos. O professor pode contar com a colaboração destes para se ajudarem uns aos outros… e para desenvolverem múltiplas iniciativas envolvendo toda a escola. ” Ponte (1992, p. 67) [2]   
A aprendizagem cooperativa deve alterar a visão de sala de aula tradicional e a forma como o computador deve ser utilizado, sendo que o professor deve ser o primeiro a inovar e a propor um novo modelo de utilização, só assim, os alunos estarão envolvidos e activos no seu processo de aprendizagem.
AULA TRADICIONAL
AULA EM REDE
Comportamentos previsíveis
(mesmo objectivos, mesmos manuais, mesmos testes para todos é possível prever a evolução do sistema)
Comportamentos imprevisíveis
(cada comunidade é única e irrepetível, sendo impossível prever a evolução do sistema)
Interacção escassa
(ênfase no trabalho individual, interacções
Verticais e isolamento)

Múltiplas interacções
(a Net proporciona uma plataforma de
interacções que encorajam a imprevisibilidade e sustentam a evolução e a mudança)
Feedback limitado
(pouca oportunidades de interacção e  poucas oportunidades para evoluir rumo ao sucesso)

Difusão da autoridade
(a descentralização dos centros de decisão e o aumento da colaboração torna os sistemas complexos mais capazes de se adaptarem às mudanças internas/externas)
Centralização das decisões
(estrutura hierárquica centrada no professor que é o detentor da informação e da interacção)

Auto-regulação
(um sistema é auto-regulado se é capaz de reagir de forma organizada, mas espontânea à mudança, pelo que esta capacidade aumenta na relação)
Fragmentação
(fruto das escassas interacções entre os seus elementos nos sistemas simples a perda de um elemento não causa grandes alterações ao “todo”. Se um aluno abandona o grupo a perda do seu contributo não afecta o resto da turma)
Individualidade
(o ensino centrado no aluno e nas interacções leva a que a falta de um único elemento afecte o nível de interacções e a evolução da comunidade de aprendizagem)
             Diferenças entre a Aula Tradicional e a Aula em Rede  Adaptado de Corcoran (s/d) por Coutinho e Júnior (2007) -
             Publicado em https://www.eduser.ipb.pt/index.php/eduser/article/viewFile/21/8

 A interacção das tecnologias com a aprendizagem cooperativa deve provocar uma aprendizagem mais centrada no aluno.
1- Ponte, João. (1992). O Computador um Instrumento da Educação. Texto Editora.
                  [     2-   Ponte, João .(1992) .O computador um instrumento da educação. Texto Editora.

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