domingo, 17 de junho de 2012

Estórias em família

Esta turma tinha um projeto que visava envolver pais e filhos na escrita. Os alunos com as suas famílias poderiam escrever as suas estórias. Apresentam-se algumas para que possam ler...

                                            
A Viagem

Estava uma manhã fria quando o avião aterrou no aeroporto de Berlim. A segurança, embora discreta, estava atenta a qualquer movimento suspeito.
O concerto que se iria realizar e, cujas receitas revertiam a favor das vítimas do mais recente ciclone, contava com nomes como Rui Veloso, Bon Jovi e Cristina Aguilera.
A Lara e a Patrícia estavam fascinadas com tudo o que observavam e rapidamente se deslocaram até ao desembarque para levantarem as suas bagagens.
Foi a primeira vez que viajaram sem os pais, embora à sua espera estivesse o tio Miguel que já vivia na Alemanha há muito tempo.
Após algum tempo de espera a passadeira por onde chegavam as bagagens começou a andar. Passaram algumas malas até que apareceram as malas da Lara. Por estranho que pareça, as malas de Patrícia não apareciam.
Ter-se-iam extraviado?
Quando se deslocavam para o balcão das reclamações, a Patrícia verificou que um homem, de figura um pouco estranha, saía do aeroporto com as suas malas na mão. Não tinha dúvidas!
- Aquele homem leva a minha mala!– Disse ela em alto som.
Tal foi o berro que o homem voltou-se para trás, fixando o seu olhar em Patrícia e Lara.
Quando viu que foi descoberto, desatou numa correria entre as pessoas anónimas e os montes de malas que estavam no chão. Sempre seguido pelas duas irmãs.
Os polícias rapidamente se aperceberam da movimentação e sem grande esforço, detiveram o homem que transportava as malas de Patrícia.
Após um breve interrogatório, todos concluíram que este sujeito era boa pessoa e que devido a um problema de visão terá agarrado a mala por engano pois era bastante semelhante à sua.
Para as compensar de todo o transtorno causado, ofereceu-lhes bilhetes para visitarem o Botanischer Garten. As duas irmãs agradeceram e foram para casa com o tio muito satisfeitas.
Quando chegaram a casa viram a tia Luísa com um aspeto muito saudável e abraçaram-na contando a aventura do aeroporto.
No dia seguinte, dia em que planearam visitar o Botanischer Garten tiveram uma enorme surpresa. Os seus pais foram lá ter!
Todos juntos visitaram o parque onde existem muito animais.
Foi muito divertida esta viajem à Alemanha.

Trabalho elaborado com a participação da família da Beatriz Malhó Ilustração de Beatriz Malhó

O Segredo da Gruta Misteriosa


Era uma vez um menino que queria ser investigador.
Passado alguns anos, o menino tornou-se num homem. Quando ele já era um homem tornou-se num investigador, que era o seu desejo desde de pequeno e agora ainda tinha um desejo que era encontrar uma gruta perdida, que se situava em Nova Iorque. Ele andou a procura durante cinco anos até que um dia parou para descansar, e ao longe avistava a gruta que ele andava a procura.
Ele andou e andou até que chegou à gruta misteriosa que passou anos e anos a tentar encontrar, depois esse homem chamado Rui entrou para ver o que havia na gruta!
Quando ele entrou viu uma mulher e um homem disse:
- Espera, espera preciso de ajuda, ajudas-me?
Mas como estava tão escuro deixou de ver rapidamente. Mas a sorte dele é que tinha um isqueiro no bolso ainda com gás.
Ele voltou a ver a mulher que desapareceu novamente, aí dessa vez o homem pensava que tinha alucinações mas continuou e continuou até que viu um labirinto de gelo, lá ao lado dizia:
“SE ENTRAR NUM BECO SEM SAÍDA ESSA PESSOA NÃO SERÁ SOBREVIVENTE!!!!  
Mas o Rui não iria desistir assim tão facilmente.
Por isso o Rui seguiu as pegadas da mulher que ela tinha deixado no chão.
Avistou ao longe um corvo que estava pendurado no braço de alguém. O Rui perguntou a si mesmo se quem estava a segurar o corvo seria a rapariga que ele andava a procura.
Ele correu até que chegou ao pé do corvo, o que ele viu foi uma grande quantidade de jóias e a rapariga disse:
-Surpresa!
E eles os dois viveram em grande riqueza e, felizes!!!
VITÓRIA ACABOU A HISTÓRIA
Trabalho elaborado com a participação da família do Rafael Claro

O General

Era uma vez um menino chamado Manuel.
Quando ele tinha quinze anos perdeu os seus pais. A partir dessa altura, ele teve de aprender a viver sozinho. E assim aprendeu.
O Manuel aos dezoito anos decidiu ser tropa. Ele na tropa fazia muitas coisas, por exemplo: escalava, fazia flexões, abdominais …
Ele como tinha boas notas foi sempre subindo de escalão.
Quando chegou a general (escalão máximo) ele teve de partir para outros países.
Em cada país, ele tirava fotografias.
Ele em Itália comprou um livro para guardar as fotografias. Em França ouviu muitas histórias e lendas. Quando voltou a Portugal, arranjou mulher e teve três filhos.
O Manuel tinha de ir para a tropa dar aulas todos os dias.
Trabalho elaborado com a participação da família do Ricardo Claro

 Os Gatinhos da Avó

Vou-vos contar uma história de gatinhos, porque a minha irmã gosta muito de gatos.
A minha avó tem uma casa grande no campo, lá pertinho passa um ribeiro com água muito limpa. Gosto muito deste sítio porque há lá rãs, passarinhos e muitas flores.
Numa tarde eu e a minha irmã Vi, como eu lhe chamo, tínhamos ido brincar para o rio, levámos o lanche e tudo o que precisávamos para brincar. Quando de repente um gato nos roubou o lanche. Naquele momento eu fiquei furioso. A minha irmã quis apanhá-lo e quase caía no rio.
- Vai-te embora desaparece gato malandro.
- Não é um gato - gritei eu. – É uma gata e tem gatinhos na barriga.
- Ah! Como é que sabes mano?
Fiquei preocupado. Tentai acalmá-la, dando-lhe um pouco mais do nosso lanche.
- Vamos deixá-la sossegada.
Já não tínhamos fome e estava muito calor, brincámos com a água do rio.
Ali perto há uma cabana. É lá que a avó guarda as ferramentas.
É um óptimo sítio para nos limparmos.
Quando entrámos na cabana, tivemos uma surpresa.
A gatinha tinha entrado ali para ter os seus gatinhos, eram só dois e estavam em cima de uma velha cadeira.
Não podíamos deixá-los trancados na cabana, nem deixá-los sem abrigo. Eram tão pequeninos…
- E se os levássemos para casa? Perguntou-me a minha irmã.
- Que ideia! Os pais não nos iam deixar.
- Eles precisam de uma casinha.
- Está aqui um caixote deve servir.
- Pomos lá um cobertor, para os gatinhos não terem frio.
- Vão ficar muito quentinhos.
Nessa noite choveu muito, acordei assustado, até faltou a luz. Se o vento virar a caixa.
No dia seguinte pedi à minha mãe para nos levar a casa da avó. Quando chegamos, eu e a minha irmã fomos a correr até à cabana.
- Upa! Os gatinhos estavam bem.
Umas semanas depois, os gatinhos tinham crescido, tínhamos de lhe pôr um nome, a mana escolhe Bolinha e Pluminha. O Bolinha era um grande comilão. O Pluma era um gato muito tímido e muito leve. A minha irmã gostava muito de lhe fazer festinhas e de lhe dar colo.
Eu quis agarrá-lo, mas o Pluminha saltou como uma mola.
- Não cuidado! Vais cair o rio.
Quanto mais gritávamos, mais ele fugia.
- Vamos tentar apanhá-lo.
No outro lado do rio, o Pluminha subiu a uma árvore. Lá em cima, o pobre gatinho tremia de medo e não queria descer.
Fomos a correr buscar a escada que estava perto da cabana.
O gatinho miava, miava, miava.
Eu subi a árvore. Mas ele estava muito alto. O vento fazia balançar os ramos. Eu estava com medo de cair da árvore.
A minha irmã gritava.
- Só mais um bocadinho! Já estás muito perto…
Agarrei-o, o seu coração batia com força.
Trouxe-o para baixo, com cuidado, estava a salvo. Fiz-lhe festinhas para o acalmar.
Voltámos no outro dia, a mãe dos gatinhos estava zangada, rejeitou o Bolinha e o Pluminha, estava grávida outra vez.
O que vai acontecer a estes pobres gatinhos. Vamos levá-los para casa da avó, podem ficar na arrecadação, por uns tempos, a avó não se vai importar.
Voltámos a casa da avó. Dias depois fomos à arrecadação, onde tínhamos deixado o Pluma e o Bolinha mas eles não estavam lá. Fomos procurá-los por todo lado e no rio, nos campos de milho mas não os encontrámos.
Apareceu um trator na estrada e perguntámos por eles ao senhor.
- Os dois gatinhos? Claro que os vi. Andavam a correr pelo meio do milho. Quase que os esmaguei com o trator. Corriam perigo, de andarem por ali sozinhos.
Falámos com a avó, para os levar lá para casa, assim ficavam em segurança.
A avó acabou por aceitar, ficamos tão felizes, porque assim podíamos ver os gatinhos sempre.
O Pluma e o Bolinha tinham uma nova casa, brincavam felizes pelo sofá onde também dormiam uma soneca.
Ficámos tão contentes.






Trabalho elaborado com a participação da família do Rodrigo Caseiro

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